
Os frequentes congestionamentos formados ao longo do principal corredor de trânsito da grande Belém,
a avenida Almirante Barroso, fazem o paraense aguardar com ansiedade o
início das obras de prolongamento da avenida João Paulo II. A esperança
dos condutores é de que, com uma nova alternativa de rota, o movimento
de entrada e saída da cidade flua com mais rapidez. A obra tem previsão
de início marcada para o mês de dezembro e corresponderá a cerca de 4
mil metros, avançando da passagem Mariano, no bairro Curió Utinga, até a
rodovia Mário Covas, em Ananindeua. “Sonho
dia e noite com essa obra. Com o congestionamento que tenho enfrentado
diariamente na [avenida] Almirante Barroso, perco quase três horas por
dia apenas no trânsito de casa para o trabalho. É um tempo que eu nem
tenho para perder, no final das contas são quase três dias por mês”, diz
a funcionária pública Carmem Vieira, que se desloca para o trabalho do
conjunto Cidade Nova IV para o bairro de Nazaré pela avenida Almirante
Barroso. “Se tivesse a 1º de Dezembro [atual avenida João Paulo II)
ficaria bem melhor para mim. Acredito que reduziria meu trajeto em mais
de 50%”, avalia.
Pelo projeto, que faz parte da
segunda etapa do Ação Metrópole, a nova João Paulo II será ligada à
rodovia Mário Covas através de uma conexão com o elevado do Coqueiro,
permitindo o acesso direto a Belém de veículos oriundos dos conjuntos
Cidade Nova e Paar, além dos bairros do Coqueiro e 40 Horas, em
Ananindeua. “Não há dúvida de que será uma nova alternativa para
desafogar o trânsito na região metropolitana, já que o acesso hoje se dá
apenas pela rodovia BR-316, porém, mais que uma via de acesso e saída
da cidade, o prolongamento traz a marca do desenvolvimento urbano para a
cidade, trazendo benefícios
sociais, econômicos e ambientais”, explicou o diretor geral do Núcleo
de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), César Meira.
Neste primeiro momento, diz o
diretor, está sendo elaborado o projeto executivo que entre outros
produtos lançará o edital de abertura para o processo licitatório,
marcado para o dia 02 de outubro. “Há um intervalo de tempo burocrático,
mas, definida a empresa
vencedora da licitação, a obra efetivamente tem início”, diz Meira,
antecipando a redução no número de desapropriações na área por onde
passará a nova via. “Diferente do que previa o traçado inicial,
cruzaremos uma área com menos intervenções urbanas, de modo que o número
de desapropriações será bastante reduzido. A quantidade exata,
entretanto, apenas o projeto executivo definirá”.
A nova avenida João Paulo II terá duas
pistas, com três faixas por sentido, ciclovia e implantação de duas
pontes. A primeira a 60 metros da passagem Mariano, transpondo a ponta
do Lago Bolonha, e outra a 200 metros da rua da Pedreirinha, transpondo a
ponta do Lago Água Preta. A via circundará parte do Parque do Utinga,
funcionando como barreira física e sanitária de proteção à Area de
Preservação Ambiental (APA) Belém ao prever um sistema de drenagem que
fará a captação dos efluentes que atualmente são diretamente lançados
nos mananciais, promovendo a devida filtragem desses afluentes. “Também
será uma barreira física, porque será margeada por um muro em gradil que
permitirá a visualização do Parque ao mesmo tempo que impedirá o avanço
urbano sobre o parque, que vem sofrendo com a urbanização”, destaca
César Meira. A previsão é de que a nova via seja inaugurada no prazo de
um ano, já considerando as adversidades climáticas.
AÇÃO METRÓPOLE
O prolongamento da av. João Paulo II é a
segunda etapa do projeto Ação Metrópole. A primeira foi finalizada com a
construção da avenida Centenário Assembleia de Deus e do elevado Daniel
Berg.
PREVISÃO
Após a conclusão da obra, prevista para
dezembro de 2013, terá inicio a última fase, que corresponde à
implantação do Sistema BRT (Bus Rapid Transit) do Estado, entre Belém e
Marituba.
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