quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Quebra Pote


Brincadeira de Criança

Quem não lembra da brincadeira do quebra pote?
Quem no Interior do estado participou dessas brincadeiras?

O tempo passa, e esquecemos certas atividades que aconteciam na época de criança, quando morei em Icoaraci, no bairro da campina, onde eu nasci, havia uma grande área livre em que aconteciam essas brincadeiras, festas de familias, aniversários de pessoas importantes, regada a saborosas comidas típicas como tacacá, açai, maniçoba, caruru, vatapá, tapioca com café e uma infinidade de bombons e doces de frutas tropicais. Era uma época muito boa, sem violência. Hoje as festas nos bairros são um pesadêlo, brigas, tiros, confusão, bebedeira, assaltos, assassinatos e etc. Ninguém mais se diverte como antigamente.
Na época das comemorações juninas ou julinas (festas dos Santos), sempre ocorrem no interior do estados estas manifestações, se voce quiser recordar essas velhas brincadeiras de crianças, viaje para os interiores, Bragança, Mosqueiro, Salvaterra, Algodoal, Santarém e etc..

Ação da Policia

Dois homens foram assassinados por desconhecidos no início da tarde de ontem, no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB). O crime ocorreu por volta das 14h30, na passagem Novo Uriboca, localizada no bairro de mesmo nome, em frente a uma oficina de refrigeração. Gérson Vagner Lemos Fernandes, de 25 anos e Edson Moisés da Cruz Farias, 19 anos, foram alvejados por dois homens que estavam em uma motocicleta. Segundo as primeiras informações, Gérson era inocente. Ele teria parado na frente da oficina para esperar a chuva passar. Edson Moisés também estava no local quando os homens se aproximaram na moto. Eles teriam atirado em Moisés e notaram que Gérson presenciou o crime, por isso dispararam contra ele também.

Familiares relataram que Edson Moisés já tinha sido ameaçado de morte duas vezes desde o último domingo. A informação era que ele teria alguma ligação com o crime que vitimou 'Dieguinho', este último envolvido no homicídio do cabo Tabosa. 'Os amigos do Dieguinho acham que o Moisés participou do assassinato dele, mas isso não é verdade. Ele (Moisés) já teve passagens pela Polícia, mas nunca por homicídio', disse a tia da vítima, Márcia Rodrigues no Nascimento, de 32 anos.

Márcia Nascimento contou que o sobrinho tinha envolvimento em delitos como furto e roubo, e que já esteve preso em outras ocasiões. Ela contou ainda que Moisés foi ameaçado pela última vez na noite de domingo.

INOCENTE


O irmão de Gérson Vagner, Tarcísio Henrique Lemos Fernandes, de 28 anos, contou que o irmão morava sozinho naquela mesma rua, a passagem Novo Ubiroca. Tarcísio contou que o irmão sempre almoçava na casa de uma vizinha antes de ir para o trabalho. Ontem, após o almoço, Gérson pegou sua bicicleta e seguiu em direção à BR-316, já que ele trabalhava em um frigorífico localizado naquela via. No meio do caminho, ainda na rua da sua casa, começou a chover e ele parou na frente da oficina de refrigeração para esperar a chuva passar. Foi quando presenciou o assassinato de Moisés, que estava no mesmo local. 'Ele viu o rosto dos caras, pois eles estavam sem capacete. Meu irmão ainda tentou fugir, mas eles atiraram contra ele. Ele morreu de 'laranja', porque poderia servir como testemunha', disse Tarcísio.

De acordo com o sargento Pires, da 21ª Zona de Policiamento (Zpol), ninguém soube dar detalhes sobre o fato ou características físicas dos criminosos. Os policiais da viatura 2098 foram até o local garantir a segurança até a chegada do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC).

O caso foi registrado na Seccional Urbana de Marituba, e ficará sob os cuidados do delegado Paulo de Tarso Dutra Mendes.


SÃO MIGUEL


Um assassinato chocou os moradores de São Miguel do Guamá, no nordeste paraense, na madrugada do sábado. O trabalhador rural Francisco Simão Ferreira foi morto a pauladas e a golpes de terçado por uma gangue que cobrava pedágio em via pública no município. Quatro integrantes do grupo já foram presos. As informações são do Portal ORM

Por volta das duas horas da madrugada Francisco passava pela rua Oscar Gomes da Costa, no bairro da Jaderlândia, quando foi abordado por sete homens que integravam a gangue do Gueto. Segundo informações da polícia eles cobravam uma espécie de pedágio da vítima. Francisco retirou a carteira para dar o dinheiro e foi roubado por Rosinaldo Lima Barbosa, de 21 anos, um dos integrantes da gangue.

A vítima reagiu e esfaqueou o assaltante. Revoltado o grupo se armou de paus e terçados e atingiu o trabalhador rural na face. 'O rosto ficou transfigurado e ele morreu na hora', afirma o escrivão Andrei Monteiro.

Moradores acionaram a Polícia, que, ao chegar ao local encontrou o corpo do agricultor. Já o assaltante foi levado para um hospital pela gangue, que fugiu em seguida. Rosinaldo não resistiu ao ferimento e morreu em seguida.

A vizinhança identificou todos os sete integrantes, mas a Polícia só conseguiu prender quatro deles: Reginaldo Lima Barbosa de 20 anos, conhecido como Naldo, irmão de Rosinaldo; Alan Diego Neves dos Santos de 20 anos; Juciel Silva Lopez, de 18 anos; e um adolescente, de 15 anos. Os quatro foram encontrados em suas respectivas casas.

Reginaldo, Alan e Juciel foram autuados em flagrante pelo crime de latrocínio e formação de quadrilha e estão presos na delegacia de São Miguel, aguardando transferência para outras casas penais. O menor foi encaminhado para a Funcap (Fundação da Criança e do Adolescente). Todos já tinham passagem pela polícia por crimes de furto e roubos.

Em depoimento a Polícia, os integrantes negaram envolvimento com o crime. 'Já sabemos quem são os outros integrantes, agora fazemos buscas na cidade e nos municípios de Irituia, São Domingos do Capim e Bonito atrás dos outros três bandidos', disse o escrivão.

No Benguí

Policiais trocaram tiros com suspeitos. Um conseguiu fugir com arma em punho.

Dois homens foram presos depois de assaltarem passageiros de um microônibus que viajavam de Outeiro para o Entroncamento. Um dos acusados foi baleado pela polícia e o outro, durante a fuga, caiu e machucou a cabeça. O terceiro bandido conseguiu fugir, levando o revólver usado para render as vítimas.

Ednilson Pereira da Silva, de 20 anos e Audir da Paixão Cardoso, 24 anos, foram presos e encaminhados para atendimento médico. Depois, a dupla foi levada para a Seccional Urbana da Marambaia, onde foram reconhecidos por uma das vítimas e autuados em flagrante. Com eles, os policiais encontraram uma bolsa roubada no assalto. A dupla identificou o assaltante que conseguiu fugir pelo apelido de 'Júnior Doido', morador do bairro da Cabanagem. Entretanto, eles não souberam informar o endereço exato dos suspeito.

O cabo Cardoso, da 5ª Zona de Policiamento (Zpol), disse o trio entrou no microônibus que vinha de Outeiro e anunciou o assalto nas proximidades da entrada do Benguí, na avenida Augusto Montenegro. Eles ordenaram que o motorista entrasse para o bairro do Benguí, mas o condutor do microônibus se recusou. O trio passou a revistar os passageiros e roubar-lhes dinheiro e objetos.

De acordo com uma das vítimas, que não terá seu nome divulgado, seis pessoas estavam dentro do veículo. 'Eles fizeram uma limpeza em todos os passageiros, tirando principalmente as bolsas', disse a mulher, que reconheceu a dupla na Seccional da Marambaia.

Depois de roubarem as vítimas, os bandidos saíram correndo em direção ao Benguí. O cabo Cardoso e o irmão dele - que também é policial e estava à paisana - presenciaram o momento em que os homens fugiam e passaram a persegui-los. 'Percebemos a ação estranha, pois eles estavam com bolsas. O assaltante que conseguiu fugir levava uma pasta', disse.

Durante a perseguição policial, um dos acusados passou a atirar contra os policiais. Houve troca de tiros e o cabo Cardoso baleou Audir da Paixão Cardoso no pé. Ednilson Pereira da Silva caiu e machucou a cabeça, e 'Júnior Doido' conseguiu fugir. Audir e Ednilson receberam voz de prisão e foram levados para atendimento médico.

Na unidade policial, os dois disseram que moram no bairro do Benguí, e que não têm passagens pela Polícia. Eles confessaram que praticaram o assalto, mas contaram outra versão. Segundo eles, a mulher foi abordada na parada de ônibus, e não dentro de um veículo, informação que foi desmentida pela vítima. A dupla também afirmou que não usava arma.

‘Monstro da ceasa’

A confissão acima, feita ontem pelo ex-soldado do Exército André Barbosa, foi recebida pela população de Belém com sentimento de justiça e alívio. Entre 16 de dezembro de 2006 e 22 de março de 2007, três adolescentes foram mortos em circunstâncias semelhantes, o que levou a polícia a concluir que se tratava de um serial killer - assassino em série -, logo conhecido como 'Monstro da Ceasa'. André Barbosa foi preso no domingo passado, após ser flagrado agredindo a quarta vítima, e ontem à tarde confessou ser o homem procurado pelos três assassinatos. Com a confissão, detalhes escabrosos - o assassino, que fora adotado quando tinha três meses, foi abusado sexualmente entre os seis e os sete anos; declarou-se fã de armas, guerras e de Adolf Hitler; conhecia e visitava para consolar as famílias das vítimas; foi aos três enterros e chorou sobre o caixão de um dos adolescentes; matava entre dezembro e março por ser mês de festas familiares, em que sentia inveja das crianças e adolescentes na companhia dos parentes; disse que ouvia 'vozes' enquanto cometia os crimes e que, depois, não encontrava explicação para os fatos, ainda que se reconhecesse como o responsável. Outras duas circunstâncias surpreendentes: a irmã de um dos acusados afirmou ter tido um transe mediúnico e, sem motivo aparente, apareceu nas matas da Ceasa, no momento em que a polícia levava o que seria a quarta vítima para fazer o reconhecimento de local; e também se revelou ontem que não houve nenhum ladrão de bicicleta, que teria flagrado o assassino a agredir o quarto garoto e com quem teria travado luta corporal (esse 'ladrão' seria uma invenção do garoto, abalado emocionalmente). O sentimento de alívio foi tanto maior quando se conhecem casos de assassinos em série que só são presos depois de dezenas de assassinatos; e a sensação de justiça se reconhecia ontem no rosto das famílias das vítimas, mães que jamais vão se recuperar das atrocidades sofridas pelos meninos. Outra reação foi comum às famílias e vizinhos dos garotos mortos - a do estarrecimento, da estupefação por descobrir quem era o assassino, um jovem tido como exemplar, que ajudava mendigos e consolava velhinhos, e de quem jamais houve qualquer queixa no bairro do Guamá. Veja nesta e nas três páginas seguintes os detalhes de um dos casos policiais que mais chocaram Belém, no qual a polícia paraense desempenhou papel tido como exemplar, ao usar o serviço de inteligência e tecnologia para fechar o cerco e prender o assassino.

Na confissão, assassino diz que agiu por impulso e que não é um monstro

Dilson Pimentel
Da Redação

'Não sou esse monstro. Agi por impulso'. A afirmação é do ex-militar do Exército André Barbosa, de 26 anos, o homem que a Polícia Civil aponta como o matador de três adolescentes, entre dezembro de 2006 e março de 2007, nas matas da estrada da Ceasa. Detido na tarde de domingo, ele também é acusado de atacar, na semana passada, um garoto de 11 anos, que conseguiu fugir. André confessou todos os crimes. Ao ser apresentado à imprensa, ontem à tarde, o acusado disse ter se arrependido dos assassinatos dos adolescentes, cujas famílias ele conhecia. Os parentes das vítimas, porém, nunca suspeitaram do ex-militar. 'Foi um momento de fraqueza, agi sem pensar', completou André, durante a tumultuada e rápida entrevista aos jornalistas.

Na entrevista, André Barbosa disse que matou os três garotos, mas não soube explicar os próprios atos. 'Não consigo obter resposta para isso. Estou arrependido'. O ex-militar também não fez comentários sobre os abusos sexuais sofridos pelas vítimas. E pediu perdão aos parentes dos meninos por ter 'traído a confiança deles'. Usando um colete do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), e escoltado por policiais dessa unidade da Polícia Civil, André não quis dar mais declarações aos repórteres e foi retirado do auditório da Delegacia Geral de Polícia Civil.

A Polícia Civil divulgou detalhes da confissão de André, que nasceu na cidade paulista de Guarujá, é solteiro e revelou que, na infância, foi abusado sexualmente. Ele contou que veio para Belém com três meses de nascido, sendo criado por uma família no bairro do Guamá. Só conheceu a mãe biológica, que hoje viveria fora do País. Não conheceu o pai. André disse que não completou o nível médio, mas serviu ao Exército em 1999. No Exército, aprendeu a fazer vários tipos de nó em cordas. André Barbosa contou aos policiais civis ter sido violentado sexualmente várias vezes quando tinha de seis para sete anos de idade, por um homem que se chamava 'Max'. Esse homem teria sido morto por causa de problemas com traficantes de drogas, no bairro do Guamá.

De acordo com André, 'Max' lhe dava linha e papagaios (pipas) para brincar. Ele contou que, toda vez que era violentado, 'Max' ameaçava matá-lo, caso contasse a história para alguém. André Barbosa revelou que conhecia os três adolescentes que matou. Ele confirmou que freqüentava a mesma 'lan house' à qual as crianças compareciam, na avenida José Bonifácio, de nome 'Fox' e que foi fechada depois das mortes das crianças. Também passou a freqüentar a 'lan house' de nome 'Big Boi', naquela mesma avenida.

DINHEIRO


André Barbosa contou que, para convencer os garotos a sair com ele, oferecia dinheiro para que tomassem conta de sua bicicleta, enquanto faria um jogo em uma casa lotérica, em frente ao colégio Paulo Maranhão, também na avenida José Bonifácio. Segundo os policiais, ele sempre usava a desculpa de que já lhe tinham roubado uma outra bicicleta. Depois, levava os meninos para as matas da Ceasa. Sobre as mortes, André Barbosa contou que tinha muita confusão na cabeça e ouvia 'vozes'. E que, depois, deparava-se com as crianças mortas. André Barbosa também afirmou que, durante a noite do dia de cada crime, ficava em desespero e que, quando via os noticiários sobre as mortes, não acreditava que ele tivesse cometido os crimes, apesar de se lembrar de todos.

Também explicou com quais golpes dominava as vítimas: 'triângulo', 'arm lock' e 'guilhotina' e um outro que aplicava pelas costas dos adolescentes, de nome 'mata-leão'. André contou ainda que todas as mortes foram causadas por estrangulamento, usando cordas de nylon. Ele disse que estrangulava quando os garotos já estavam desacordados e que agia sozinho em todos os crimes. Os policiais também quiseram saber a razão pelo qual os assassinatos eram praticados entre dezembro e março. André disse que essa era a época em que via os filhos reunidos com as famílias, por causa de festas como o Natal e o Ano Novo. E, por ter sido adotado, ele não estava com os pais biológicos nessas datas especiais, e sim com os adotivos. Sobre a idade das vítimas que atacou, entre 11 e 15 anos, disse que não as escolhia pela idade, mas que o fazia de forma aleatória.

Descuido
Motoristas diz que a vítima 'surgiu do nada' e não teve como evitar o choque

O ciclista Izac Tavares Franco, 26 anos, perdeu a vida ao tentar atravessar a pista do canteiro central do Paar. Ele foi atingido pelo microônibus de placas JUX-6248 da linha Aurá-Castanheira, no final da noite de domingo. De acordo com informações prestadas por Carlos Eduardo Lima da Silva, que dirigia o microônibus no momento do acidente, o ciclista trafegava pela rua Tapajós e resolveu passar para a pista do canteiro central do Paar 'sem tomar os cuidados necessários'.

O motorista disse que não teve como evitar o choque com o ciclista, pois quando ele percebeu a bicicleta já estava muito próxima do microônibus. 'Ele apareceu do nada e já bem em cima do meu veículo. Ainda tentei desviar para evitar o acidente, mas já era tarde e o rapaz acabou sendo atingido', disse o motorista em depoimento.

Devido o impacto com o veículo, Izac foi jogado para cima canteiro da rua. Muito machucado, Izac foi socorrido por uma viatura do Corpo de Bombeiros, que levou a vítima ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, onde o ciclista faleceu no início da manhã de ontem.


NA BR-316


A colisão entre uma picape F-1000 e uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deixou três pessoas feridas, uma delas presa às ferragens de um dos veículos. O acidente ocorreu por volta de 11 horas de ontem, na curva do Cupuaçu, localizada no Km 26 da BR-316, quando três agentes da PRF sinalizavam a pista onde um caminhão estava parado com defeito mecânico.

O caminhão ocupava parte de uma das pistas da rodovia. Os policiais R. César, Diniz e Melo ainda não haviam terminado de sinalizar o local quando a picape de placa HUP-1062, de Belém, em alta velocidade, colidiu com a viatura que estava estacionada. Os agentes R. César e Diniz, que estavam dentro do veículo, ficaram levemente feridos, segundo informações da assessoria de imprensa da PRF. O motorista Thiago Silva da Silva, único passageiro do outro carro, ficou ferido em várias partes do corpo.

O inspetor Max, chefe do núcleo de comunicação da PRF, disse que será feita uma perícia para verificar a causa do acidente. Se for constatado que Thiago Silva dirigia de forma irregular ou foi o responsável pela colisão, ele será responsabilizado.

Segundo a assessoria de comunicação, dois policiais estavam dentro da viatura, uma L-200, tratando dos procedimentos relativos ao veículo que estava parado na pista. Enquanto isso, policial rodoviário Melo colocava cones na pista, para alertar motoristas e evitar acidentes, já que o caminhão estava parado logo após a curva e não poderia ser visualizado pelos motoristas.

E mesmo com a sinalização, o motorista da F-1000 não teve tempo de frear e bateu no veículo da PRF. Os dois policiais tiveram leves escoriações. O condutor da picape, que ficou preso às ferragens, foi levado para atendimento médico. Segundo a PRF, não foi possível tirar o caminhão da pista antes porque o veículo ficou travado.

Na tarde de ontem, a reportagem entrou em contato com o Hospital de Urgência de Marituba, mas não conseguiu confirmar se Thiago Silva foi levado para receber atendimento naquele hospital. A vítima também não foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.

Investigação
Jovem reagiu à voz de prisão, diz a Polícia, e foi baleado duas vezes no peito

Um dos suspeitos de assassinar o cabo da Polícia Militar Luís Augusto Tabosa da Silva, de 45 anos, morreu baleado ontem de manhã durante uma perseguição policial em Marituba. Rosan Edson Pompilho Gomes, de 18 anos, foi localizado em uma casa no bairro São José, periferia de Marituba, durante as buscas feitas pela equipe de policiais do 21º e 6º batalhões da Polícia Militar, com jurisdição em Marituba e Ananindeua, respectivamente. Rosan levou pelo menos dois tiros à queima-roupa depois, segundo a PM, de reagir à voz de prisão dada pelos policiais por volta das 10h30.

O suspeito foi levado ainda com vida até a Unidade de Urgência e Emergência de Marituba, na rodovia BR-316, a poucos metros da praça Matriz. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu durante o percurso. De acordo com o major PM Oswaldo Lourinho de Souza Júnior, comandante da 14ª Zona de Policiamento Urbano (14ª Zpol/PM), que estava à frente da operação, as buscas devem continuar para a captura de mais um envolvido, Marcos da Silva Dias, o 'Marquinho'. Até ontem, ele estava foragido. Parentes e familiares do PM assassinado acompanharam a caçada aos suspeitos nas ruas de piçarra de Marituba. As incursões se estenderam ao longo do dia.

'Marquinho' é suspeito de ter executado o próprio parceiro, 'Dieguinho', na rua Raimundo Nunes da Richa, após matar cabo Tabosa com dois tiros na cabeça. 'Marquinho', 'Dieguinho' e Rosan Gomes teriam se desentendido, provavelmente por causa da execução de Tabosa, e Dieguinho acabou morrendo nas mãos dos comparsas, segundo informações da Polícia Militar.

Outras cinco pessoas foram detidas durante a manhã de segunda-feira e conduzidas à Seccional de Marituba para averiguação sobre o envolvimento no homicídio do cabo PM. Até o início da tarde, não havia sido confirmada a participação de um dos detidos na execução.


INOCENTE


A mãe de Rosan, a dona-de-casa Soraya Patrícia Pompilho Gomes, garantiu que o filho não tinha qualquer culpa no homicídio. 'O meu filho estava viajando para São Caetano de Odivelas, onde mora a minha mãe. Ele não se dava bem com esse ‘Marquinho’. Nem se falavam', disse Soraya, bastante abalada com a morte do filho.

Ela, entretanto, admite que o filho tinha antecedentes criminais. Rosan já foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, além de praticar pequenos roubos.


EXECUÇÃO


Por volta das 20 horas do último sábado, o cabo PM Tabosa saiu com a mulher e os dois filhos, um garoto de 12 anos e uma menina de 4 anos, para lancharem em Marituba. A família parou em uma lanchonete situada na rua do Fio, próximo à esquina com a avenida João Paulo II, no bairro Novo. Enquanto todos merendavam, um desconhecido aproximou-se em uma bicicleta e aproveitou que o PM estava sentado, desprevenido, para atirar na vítima. O policial não teve chance de defesa, tanto que morreu com dois tiros na nuca, na mesma cadeira onde estava sentado. Especula-se que os assassinos estivessem interessados em uma suposta arma portada na ocasião por Tabosa. Todavia, ele não estava armado no momento da execução.

Homicídio consterna parentes e colegas de farda

O corpo do cabo PM Tabosa foi velado desde domingo na Igreja de Nossa Senhora da Paz, no bairro Novo Horizonte, onde a vítima vivia com a família. Amigos, colegas de trabalho, parentes e vizinhos foram até a igreja para rezar, confortar a família da vítima e dar adeus ao PM.

O cortejo fúnebre saiu da igreja por volta das 10 horas, seguindo em direção ao cemitério São José de Arimatéia, ao lado do Mercado Municipal de Marituba, a poucos metros da rodovia BR-316.

O cabo era lotado na 14ª Zpol/PM e trabalhava no policiamento ostensivo nos bairros Distrito Industrial e Maguari, em Ananindeua. Tinha 20 anos de profissão e era considerado um policial eficiente e exemplar. Os familiares estavam consternados com a perda.

O irmão da vítima, o subtenente da reserva Raimundo Tabosa da Silva, falou sobre a tristeza da família e do crescimento da violência na Grande Belém. 'A gente sempre acha que não vai acontecer, mas do jeito que a violência está tão grande, não respeitam nem mesmo as autoridades policiais. Só peço a Deus que esse quadro mude. Foi um pai de família morto na frente de duas crianças. Isso é revoltante. Temos três PMs em nossa família e ele era o único na ativa. Que Deus tenha piedade da alma dele e de seu algoz. Nós corremos mais riscos que a Polícia Civil. A PM exerce a função dos pais nas ruas para tentar nos orientar e nos corrigir. Quem faz isso está mais sujeito a sofrer esse tipo de coisa', disse o subtenente, abalado com a morte do irmão.

O enterro de Tabosa também foi uma ocasião triste para os amigos que conviveram por muitos anos com o policial. O cabo PM Aleixo Ramos trabalhou durante 16 anos com o colega assassinado. 'Nós moramos no mesmo lugar da bandidagem. Não tem residencial só para policiais militares. Prendemos o bandido e depois somos obrigados a conviver com eles no mesmo bairro onde moramos. Sempre tomamos alguns cuidados. Eu prefiro sempre trabalhar em bairros diferentes. Meu colega era um bom profissional. Em agosto, faria 20 anos de corporação', disse cabo Aleixo.

Quem mora em Marituba reclama da criminalidade crescente no município. Assaltos são constantes contra os moradores. Só no último final de semana seis mortes foram registradas no município, o que preocupa a população.

Comandante da PM diz que morte foi fatalidade e anuncia concurso

O comandante geral da PM, coronel Luiz Claúdio Ruffeil, afirma que em termos de criminalidade, Belém ocupa a posição de 16ª capital mais violenta do Brasil. Os roubos, diz o oficial, seriam solucionados com policiamento ostensivo a pé na Região Metropolitana de Belém. Em breve, mais 1,7 mil policiais militares devem reforçar a atuação da PM nas ruas após a realização de concurso público.

A morte do cabo PM Tabosa foi uma fatalidade para o comandante geral. 'Ele estava em situação de folga e foi executado. As circunstâncias do crime estão sendo apuradas', informou o oficial. A corporação deve também investigar a morte do policial em inquérito militar. Só no ano passado foram mortos 27 PMs, seja em serviço ou por crime de execução. Ruffeil disse ainda que está prevista a implementação de um programa de habitação especial a policiais militares com recursos estaduais e federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Não há data para que ele seja iniciado.

OUTRO


O ex-policial militar Pedro Laurindo dos Santos Vieira, 39 anos, continua internado em estado grave no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, na rodovia BR-316. Ele foi baleado na testa quando trabalhava como segurança de uma festa da aparelhagem Rubi, no bairro da Cabanagem no último domingo à noite. Um homem conhecido como 'Neguinho da Codorna' é o principal acusado de tentar matar o ex-policial.

Neguinho foi expulso da festa por estar tumultuando o evento, que ocorria na Chácara Holanda, situada na travessa Benjamin, juntamente com alguns amigos. Logo depois da expulsão, ele retornou à chácara com uma arma e atirou no segurança.

Pedro dos Santos foi levado até o Hospital Metropolitano de Belém. Segundo informações do Serviço de Controle de Crimes Violentos da Polícia Civil, o ex-policial estava respirando com a ajuda de aparelhos e corre risco de morte devido à gravidade do ferimento na cabeça. O caso será investigado pela Delegacia da Cabanagem.

Com todo Gás


Hoje pela manhã, no campo do Kaza, em Ananindeua, o Paysandu deve realizar o primeiro coletivo da semana visando a partida do próximo domingo, confirmada na tarde de ontem para o Estádio Parque do Bacurau - liberado ontem à tarde pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros Militar -, em Cametá, pela segunda rodada da 2a fase do Parazão. Quem deve participar da movimentação é o lateral-esquerdo Aldivan, apresentado ontem como o quinto reforço bicolor contratado este ano para a competição Estadual.
Aldivan, que é natural do município de Penalva (MA), mas estava com a família na cidade de Santa Inês, no interior do Maranhão, defendeu o Uniclinic (CE), equipe onde disputou cinco partidas no início desta temporada. Para defender o Papão, o lateral afirma que não terá dificuldades para recuperar a forma física, já que o último jogo em que esteve presente aconteceu no dia 5 deste mês. “Tudo vai depender do nosso treinador, contra quem inclusive eu já atuei várias vezes em outras oportunidades. Não estou 100%, mas também não estou mal fisicamente.

JUSTIÇA - Ontem à tarde, Clodomir Araújo, advogado do Núcleo Jurídico bicolor, anunciou que de fato a renda da primeira partida do Paysandu no Parazão foi bloqueada pela Justiça do Trabalho, para o pagamento de salários atrasados do meia Rodrigo, que defendeu o Papão em 2005. Segundo Clodomir, ainda esta semana uma conversa com o juiz responsável pelo caso deve acontecer e o desbloqueio para o jogo diante do Águia, pela terceira rodada do torneio, deve acontecer.

Cachorro Doido quer largar bem

O Vila Rica/Cametá não vê a hora de estrear na fase principal do Estadual para mostrar, como fez após vencer o Torneio de Acesso (a Segundinha paraense) e a primeira fase deste Campeonato Paraense, que é um dos favoritos à conquista da Taça Açaí, a final do certame Estadual. O técnico Fran Costa já tem em mente a equipe que deverá enfrentar o Águia na próxima quinta-feira e a diretoria do Cachorro Doido negocia a vinda de dois reforços, o volante Anderson Mineiro e o atacante Isaías, ex-Clube do Remo.
No sistema 4-4-2, Fran tem escalado a seguinte equipe de titulares durante os treinos do Vila: Diego; Américo, Rodrigo, Tonhão e Souza; Emílson, Adelson, Rogério Belém e Marçal; Jaílson e Ronan. O comandante do Vila Rica/Cametá diz acreditar que o adversário de estréia é um oponente forte, porque manteve a base da etapa anterior do Estadual.
A equipe deverá ser definida no coletivo desta manhã. Já a delegação do Águia de Marabá embarca às 7h para Cametá. O time do técnico Vitor Jaime segue confiante na estréia, e pega ônibus já escalada para mostrar ao Cachorro Doido que não é a mesma da primeira fase, quando foi derrotada por 1 a 0 pela equipe cametaense. André Luís; Leandrinho, Edcleber, Adriano e Marcondes; Caçula, Paulinho, Balão e Ciro; Aleílson e Pery é a equipe confirmada ontem pelo comandante do Águia.

Dupla pronta para a estréia

Após a frustração por não terem feito parte da equipe do Paysandu que estreou no Campeonato Paraense-2008 no último domingo, contra o São Raimundo de Santarém, o meio-campo Tássio e o atacante Luís Mário andam ansiosos pela participação no segundo compromisso bicolor - no próximo domingo, contra o Vila Rica/Cametá, fora de casa. Os dois foram finalmente regularizados junto à Federação Paraense de Futebol (FPF).
Tássio aguardava pelos documentos que comprovam o desligamento do Villa Rio, equipe da Segunda Divisão do Campeonato Carioca onde atuou no final do ano passado. Já Luís Mário precisava da documentação enviada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelo ST Gallen da Suíça, sua última equipe. “Não via a hora de estar livre para atuar. Depois de treinar forte nas últimas semanas, espero, caso o Givanildo opte por mim, ter totais condições de ajudar o Paysandu”, almeja Tássio.
Para Luís Mário, estrear contra o Vila Rica fora de casa não frustra em parte os seus planos. “Queria que a minha estréia fosse aqui até por conta da minha família estar mais perto. Apesar disso, sei da possibilidade de contarmos com o apoio dos torcedores que vão para Cametá acreditando na possibilidade de trazermos uma grande vitória”, garante.
Sobre a emoção em vestir a camisa que, segundo o próprio Luís Mário, é da equipe pela qual torcia desde criancinha, o jogador garante estar pronto para isso. “Vestir a camisa do Paysandu é diferente e eu posso garantir estar pronto para isso. Posso até sentir um pouco pelo tempo de três meses e meio sem atuar, mas, pela minha preparação, espero ir muito bem nessa estréia”, aponta.

GUILHERME - Além da dupla Luís Mário e Tássio, quem também está pronto para estrear com a camisa do Paysandu no próximo domingo, contra o Vila Rica/Cametá, é o volante Guilherme, ex-Vitória (BA). Com uma lesão na panturrilha direita, o jogador acabou de fora da estréia alviceleste, contra o São Raimundo de Santarém, no último fim de semana. Recuperado, Guilherme afirma estar pronto para o combate.
“ Estou bem e preciso trabalhar forte para ajudar o Paysandu daqui para frente. Todos precisam entender que, seja com o Guilherme jogando ou não, precisamos ajudar nossa equipe a ser Campeão Paraense”, avisou o volante, que pode figurar entre os titulares no coletivo marcado para a manhã de hoje, no campo do Kaza, localizado no município de Ananindeua.

A Volta



O meia-atacante Maico Gaúcho, de 28 anos, confessou ontem em entrevista coletiva que chegou a comer cachorro na China, país onde ficou um ano e que tem em sua gastronomia diferentes iguarias a partir do prato exótico. No retorno ao Baenão, o jogador, que defendeu o NanChan F.C., disse em tom de brincadeira que voltará “mordendo” para reconquistar o seu espaço na armação.
Na apresentação oficial à tarde no estádio Evandro Almeida, ele recebeu aplausos de torcedores e prometeu a velha garra de sempre. “É o mínimo que qualquer jogador tem de fazer aqui no Remo, que é um clube de massa e a cobrança é muito grande”, disse. Maico Gaúcho previu que até o jogo contra o São Raimundo, pela terceira rodada do Parazão, estará em condições de fazer sua reestréia com a camisa azulina.
Embora estivesse fazendo movimentação em Passo Fundo (RS), sua terra natal, ele destacou que terá de aprimorar o condicionamento físico. Maico calculou que em até três dias estará concluída a parte burocrática de sua transferência para a posterior regularização no Estadual e então só depender da escolha do técnico Bagé.
O atleta prevê que em seu retorno ao Leão a cobrança será maior. “A torcida e a Imprensa já me conhecem e não adianta apenas repetir o que já fiz, mas apresentar um algo mais”, afirmou o meia, que mantém o cabelo comprido amarrado num rabo-de-cavalo. Sobre o problema no joelho, que o prejudicou antes de sua partida de Belém, ele garante que está totalmente recuperado, graças à medicina oriental.

Tropa de Elite gera mais ódios que amores


O concorrente brasileiro ao Urso de Ouro no Festival de Berlim, Tropa de Elite, de José Padilha, exibido ontem, teve uma recepção da crítica dividida entre amores e ódios. Mais ódios do que amores.
A revista norte-americana Variety, que recentemente incluiu Padilha numa restrita lista de dez diretores em quem se deve prestar atenção, foi especialmente dura com o filme.
Em resenha assinada por Jay Weissberg, a Variety atribui a Tropa de Elite um “estilo Rambo” e sustenta que ele faz “uma monótona celebração da violência gratuita que funciona como um filme de recrutamento de seguidores fascistas”. O autor aponta ainda semelhança entre o uniforme e o distintivo do Bope com os da brigada Cabeça da Morte (Totenkopf), guarda de elite da SS nos campos de concentração nazistas.
Weissberg afirma ainda que, segundo o filme, “só o Bope pode salvar a cidade [do Rio], mas isso requer, antes, a remoção cirúrgica de qualquer coisa que se pareça com um coração”.
Leitores brasileiros da versão online da revista escreveram no site mensagens de protesto e atacaram o autor da crítica.
A Hollywood Reporter publicou entrevista e reportagem sobre o filme, com destaque em sua capa da edição de hoje, mas chamou-o de “um filme constrangedor sobre policiais assassinos”.
A crítica afirma que “o pressuposto básico do roteiro escrito por Padilha, Rodrigo Pimentel e Bráulio Mantovani é que todo mundo no Rio é corrupto, especialmente as autoridades”.
A revista inglesa Screen, por sua vez, deu ao filme a nota máxima - quatro estrelas, correspondente a “excelente”-, numa crítica farta de elogios.
“ A montagem corajosa, a incansável câmera na mão e essa espécie de tom quente e realista conhecido desde Cidade de Deus e Amores Brutos produzem uma mistura que é mais funcional do que inovadora, embora seja eficiente”.
A crítica do jornal francês Le Monde, publicada no blog de cinema do diário, acusa o filme de fazer apologia à tortura: “Tropa de Elite é feito segundo a receita do neoconservadorismo hollywoodiano - montagem frenética, câmera epiléptica, narrativa que não deixa nenhum espaço à ambivalência. Não é preciso ser hipersensível para ver no filme uma apologia da tortura e das execuções extrajudiciais”, afirma o crítico Thomas Sotinel.
A reação da imprensa alemã foi desigual. O jornal Berliner Zeitung avaliou o filme como “excitante e original”, disse que ele apresenta “os diversos lados da questão” e o faz com bom “equilíbrio entre os aspectos ficcional e documental”.
Já o Der Tagesspiegel disse que, no retrato do “mundo pavoroso e sem lei” que o filme faz, “não há zonas brancas e negras; tudo é escuro”. Os dois jornais, no entanto, ressaltaram que Tropa de Elite não é fascista. “E nisso [fascismo], como você sabe, somos especialistas”, comentou o jornalista alemão.
Padilha acredita que os críticos estrangeiros que atribuíram ao filme um caráter fascista foram influenciados por colegas brasileiros que reprovam Tropa de Elite desde a sua estréia no Brasil.
Sobre as resenhas publicadas ontem, o diretor afirmou: “Uns nos acharam inteligentes, outros fascistas. Na verdade, não me preocupo com isso”. (Folhapress)

Regras para Celular

Novas regras para celular estão em vigor

ANATEL Empresas tiveram prazo para se adequar

Em vigor a partir de hoje, a Resolução nº 477 da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) altera regras na prestação de serviço de telefonia móvel e atinge diretamente a vida de cerca de 121 milhões de pessoas em todo o Brasil.
Maior punição às cobranças indevidas, aumento na validade de créditos e proibição de cobranças para desbloqueios são algumas das medidas da legislação, que é avaliada de maneira positiva pelo Procon do Pará. “Essa mudança é fruto de uma consulta pública realizada em 2005, com participação da sociedade em geral e de órgãos de defesa do consumidor”, fala Regina Vaz, consultora jurídica do Procon.
A resolução foi editada em agosto de 2007, mas só começa a valer hoje, para que as empresas pudessem fazer adequações. Entre as novas medidas adotadas está a aplicação de cláusula de fidelização de no máximo 12 meses, ou seja, durante um ano o cliente não poderá mudar de operadora. “Mas a cláusula só poderá ser aplicada se o cliente receber algum tipo de benefício, como descontos na compra de aparelhos, por exemplo. A partir de hoje, a regra está valendo para os novos e antigos contratos”, explica a consultora.
No caso de cobranças indevidas, a operadora deverá devolver o valor em dobro, com juros e correção monetária, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor. A prestadora também só poderá cobrar chamadas realizadas há mais de 60 dias após negociação com o usuário. O prazo anterior era 90 dias.
Para os clientes pré-pagos, que representam cerca de 80% do total de usuários do serviço, a boa notícia é que os créditos terão validade de 180 meses e deverão ser revalidados caso não tenham sido usados. As empresas ainda estão proibidas de cobrar pelo desbloqueio do aparelho. “O mais interessante será que elas já os vendam desbloqueados”, analisa.
A consultora ainda recomenda que os usuários continuem fazendo reclamações à Anatel (www.anatel.gov.br ou 0800-33-2001) e aos órgãos de defesa do consumidor. “As reclamações na Anatel vão servir de base para que saibamos se tudo está sendo cumprindo. O consumidor deve se informar e fazer valer os seus direitos”, comenta.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Derrota deixa azulinos envergonhados



O surpreendente tropeço do Remo diante do Pedreira, do Mosqueiro, por 1 a 0, na abertura do Parazão, acendeu o sinal de alerta da galera azulina. Ontem, um após o jogo, o torcedor do Leão ainda não tinha conseguido digerir o resultado. O principal alvo das críticas dos torcedores eram o técnico Ronaldo Bagé e, principalmente, os jogadores da equipe, acusados de não suar a camisa como deveriam. A derrota, na opinião dos simpatizantes remistas, precisa ser revertida já no jogo do próximo domingo, no Mangueirão, contra o Tiradentes. Uma nova derrota ou mesmo um empate, segundo o torcedor, vai complicar de vez a situação da equipe no campeonato.

'A partir de agora, o time não pode nem sonhar com um empate sequer', avisou o torcedor Luis Cláudio Mansur, de 22 anos. O torcedor, que foi ao jogo contra o Pedreira, disse ter deixado o estádio envergonhado. 'Francamente, esperava algo melhor, afinal de contas nosso time passou um bom tempo treinando. O Pedreira entrou no campeonato em cima da hora', reclamou

O torcedor Mário da Fé Furtado, de 31 anos, foi outro que não ficou nem um pouco satisfeito com a produção da equipe comandada por Bagé. 'O que vi em campo foi um grande amontoado de jogadores, alguns sem o menor condicionamento físico', disparou. 'Essa derrota foi ruim, mas ela pode servir de alerta para o time. Se não consegui um resultado significativo contra o Tiradentes, vai ficar muito complicado conquistar o primeiro turno', previu.

Apesar da derrota, alguns torcedores são de acordo que a diretoria não deve mudar o comando do time. 'Para mim, o Bagé só está começando um trabalho. Ele tem crédito e deve permanecer no comando da equipe', avaliou Humberto Santana Santos, de 34 anos. 'Se o time não conseguir engrenar a partir da próxima partida, aí sim acho que será a hora de repensar o comando'.

O presidente do Remo, Raimundo Ribeiro, também recebeu críticas. O dirigente, segundo os torcedores, é um dos responsáveis pelo insucesso do time. 'Esse cara já não deveria estar no comando do Remo há muito tempo. Esses jogadores não estão à altura do Remo', disparou Fernando Rodrigues Santana, de 44 anos.

Diretoria negocia com 'bichado'

Enquanto aguarda pela chegada de Maico Gaúcho, que deverá chegar hoje à noite a Belém, a diretoria azulina negocia com o atacante Vágner Carioca, do Cardoso Moreira, do Rio de Janeiro, time treinado pelo paraense Charles Guerreiro. Em seis partidas pelo Cariocão, o jogador marcou somente um gol. Na última partida, informou Charles, Vágner fraturou um dos ossos do pulso e hoje deverá fazer cirurgia. A contratação dependerá de análise da comissão técnica azulina sobre o período necessário para a recuperação do atacante. Outro jogador do Rio agendado pelo Leão é o meia Ronaldo, do Americano de Campos.

O volante Júnior Negrão, no entanto, será a novidade de hoje pela manhã, no Baenão, na reapresentação do elenco azulino, após a derrota para o Pedreira. O jogador desembarcou na última sexta-feira em Belém e, no sábado, acompanhou a estréia do Leão no Parazão 2008, no Mangueirão. Negrão, que atende pelo nome de batismo de Fábio Costa Conceição, garante que dentro de, no máximo, uma semana já estará apto a vestir a camisa azulina. Mas a estréia do atleta deve acontecer no amistoso de quarta-feira, em Capanema, contra a seleção local.

'A idéia é que eu dispute pelo menos um tempo do amistoso', adiantou Negrão, qie atuou pela última vez na decisão do Maranhense, defendendo o MAC, que sagrou-se campeão em cima do Imperatriz.

Compras

Maico Gaúcho - Meia que defendeu o Remo em 2006 deverá se apresentar na noite de hoje ao clube.

Negrão - Volante indicado por Bagé, chegou a Belém na sexta-feira. Não sabe se estréia contra o Tiradentes.


Vagner Carioca- Atacante será contratado se o técnico Bagé avaliar que poderá se recuperar de lesão a tempo.


Ronaldo - Meia do Americano de Campos, Rio de Janeiro, que também está na agenda azulina.

Negrão começou na base azulina

O volante Júnior Negrão começou a jogar futebol no próprio Remo, embora seja maranhense de Codó. 'Disputei o sub-17 pelo Remo e depois fui para São Paulo, onde acabei me profissionalizando', disse. Negrão já atuou nos Emirados Árabes, onde diz ter sido campeão. Esta será a quarta vez que ele trabalhará sob o comando do técnico Bagé. 'Antes, o professor me dirigiu no Pelotas, São José e Glória, todos do Rio Grande do Sul', informou.

Negrão falou sobre o seu estilo de jogo. 'Sou um volante que gosta de chegar junto dos atacantes para municiá-los', disse. Sobre a equipe do Remo, que ele viu atuar diante do Pedreira, analisou: 'Senti os nossos atacantes muito isolados. Creio que faltou alguém para encostar mais', avaliou. O jogador procurou tranqüilizar o torcedor remista. 'Ele precisa entender que foi só o primeiro jogo', lembrou. 'As vezes é até melhor estrear contra uma equipe grande', completou.

Negrão também já passou pelo Ceará, em 2000, onde diz ter se sagrado campeão estadual jogando ao lado do ex-volante remista De Paula. O atleta também defendeu o Joinville, de Santa Catarina. Ele ainda não sabe se vai estrear contra o Tiradentes.

Papão pula fogueira



O Paysandu precisou suar muito, mas iniciou com o pé direito sua campanha em busca do título do Campeonato Paraense 2008. A equipe teve dificuldade para superar, por 3 a 2, o São Raimundo, ontem, na rodada inaugural do Estadual, no Mangueirão. Os gols da partida foram marcados por Samuel Lopes (2) e Fabrício para o Papão, enquanto João Pedro e Anderson anotaram para a Pantera.

Com o resultado, o Paysandu assumiu a segunda posição na classificação geral, atrás do Castanhal, que venceu o Ananindeua ontem e leva vantagem nos critérios de desempate, com quatro gols contra três do time da capital.

Apesar do forte calor - o jogo foi iniciado às 16 horas -, a quarta partida do Parazão foi bastante movimentada. O que poderia ter sido um jogo fácil, acabou dramático. A equipe de Santarém surpreendeu logo a um minuto da primeira etapa, abrindo o marcador. João Pedro cobrou falta da direita, Cametá e Anderson falharam feio e a bola entrou direto.

O gol acordou o Paysandu, que passou a pressionar o rival e, aos seis minutos, o Papão fez o gol de empate. Após cobrança de escanteio, o goleiro Anderson saiu errado e Samuel Lopes apreveitou para colocar, de cabeça, para o fundo da rede.

A situação da equipe bicolor voltou a se complicar aos 20 minutos. João Pedro cobrou falta da direita, Cametá desviou para o segundo pau onde Anderson cabeceou no contrapé do xará no gol bicolor.

Depois de sofrer o segundo gol, a equipe bicolor voltou a crescer na partida e, mostrando personalidade e calma, conseguiu a virada ainda no primeiro tempo. Aos 33, Fabrício marcou um belo gol em jogada individual, acertando o canto direito de Luciano e, quatro minutos depois, Samuel Lopes voltou a mostrar oportunismo ao escorar cruzamento de Rafael Vieira. Papão 3 a 2.

Na etapa final, assim que a bola começou a rolar, o Paysandu quase fez o seu quarto gol. Aos 20 segundos, depois de uma excelente jogada individual, Rafael Oliveira acertou a trave direita ao chutar de fora da área. No restante do segundo tempo, no entanto, o jogo caiu muito de ritmo.

Com a vitória praticamente garantida, a equipe bicolor acomodou-se na marcação e o São Raimundo, muito brioso, lutou pelo empate. A melhor chance surgiu aos 26 minutos, mas João Pedro foi fominha demais e, depois de fazer uma jogada genial, acabou mandando a bola por cima da meta bicolor, quando deveria ter tocado para Emerson Bala, que estava livre de marcação.

Na próxima rodada, o Paysandu tenta manter a boa fase na competição contra o Vila Rica/Cametá, fora de casa. Já o São Raimundo busca a reabilitação na tabela do Parazão contra o Ananindeua, novamente fora de casa.

Irmã Dorothy Stang

Lembranças da Irmã Dorothy Stang

Para lembrar três anos da morte de Dorothy Stang, acontecerá um dia inteiro de programações na cidade de Anapu, oeste do Pará, nesta terça-feira (12). Os amigos e seguidores da missionária vão fazer um dia de orações, discussões e festa para homenagear o trabalho da missionária.
A programação começa com missa às 9 da manhã, na Igreja de Santa Luzia. Segundo Padre Amaro, responsável pela programação, na celebração, comandada por D. Erwin Krautler, haverá também crisma de cerca de 20 pessoas. 'É uma data de grande significado, fazemos a Crisma no dia 12 de fevereiro porque na crisma a pessoa recebe o Dom do Espírito Santo e faz o compromisso da sabedoria, fortaleza, obediência. Nada melhor do que na data que a irmã Dorothy perdeu a vida pela nossa causa, as pessoas assumirem esse compromisso', disse.
A programação continua com almoço comunitário no salão paroquial da Igreja. Estão sendo aguardadas mais 300 pessoas. Para alimentar tanta gente os movimentos sociais, a comunidade e a Igreja disponibilizaram carne de dois bois, três sacas de arroz e muitos quilos de macaxeira.
Após o almoço acontece a 'Voz do Povo', um momento de conversa, onde eles vão lembrar o trabalho da irmã Dorothy, discutir os resultados e receber as denúncias do povo. Por volta das 16 horas haverá visita ao túmulo de Dorothy Stang, lá serão declamadas poesias, canticos e orações.
Às 18 horas haverá um jantar comunitário e logo depois começa a programação festiva, com um show do cantor cearense Zé Vicente iniciando às 19h30, e em seguida o 'Forró da Dorothy', no salão paroquial.

Programação em Belém -

Entidades de defesa dos Direitos Humanos, religiosas e integrantes do Comitê Dorothy Stang realizam um grande ato pela paz e contra a violência no campo nesta terça-feira(12), quando completa três anos do assassinato da missionária americana Dorothy Mae Stang, morta na cidade de Anapu, no oeste paraense, em 12 de fevereiro de 2005.
A concentração será a partir das 8h da manhã, em frente à sede do Tribunal de Justiça do Pará, na Avenida Almirante Barroso. A expectativa é reunir pelo menos 200 pessoas na porta do Tribunal, onde os manifestantes pretendem chamar a atenção da Justiça sobre a impunidade. 'Até hoje, um dos mandantes, o Regivaldo Galvão, está solto e ainda há um recurso no Supremo para que ele não seja julgado. Isso não é possível, queremos Justiça!', disse uma das coordenadoras do Comitê Dorothy Stang, Luíza Virgínia Moraes.
O ato deste ano também pretende chamar atenção não só para a violência no campo, mas também à violência contra mulher. 'O número de casos de violência contra mulher vem aumentando demais em nosso Estado', lamenta Moraes.


Prefeitura de Belém entregou troféus às agremiações vencedoras do carnaval paraense

Dezenove grupos, entre escolas de samba e blocos carnavalescos, receberam os troféus na festa de premiação das agremiações campeãs do Carnaval 2008, promovida pela prefeitura de Belém, por meio da Fumbel, na programação que premiou ainda as embarcações vitoriosas do Carnaval Fluvial e a musa eleita do Carnaval de Belém, na noite do último sábado, na Aldeia Amazônica. “O sentimento é de missão cumprida porque a gente pensou um carnaval para a cidade, levando atividades para as praças e bairros. Acreditamos que funcionou e agora é uma questão de refinamento”, avalia o presidente da Fumbel, Heitor Pinheiro.
Centenas de pessoas ocuparam as arquibancadas e também a própria avenida Pedro Miranda, onde passaram os grupos carnavalescos durante a programação que encerrou oficialmente o Carnaval de Belém. Pedreira e Jurunas imperaram na avenida do samba da capital paraense, com maior número de grupos classificados pelo júri do Carnaval 2008.
“ Vamos desfilar com a mesma emoção e empolgação, só que hoje é só festa”, garantiu o mestre de bateria da Acadêmicos de Samba da Pedreira, vencedora do 2º grupo, que vai desfilar no Grupo Especial no Carnaval 2009.
Grande vencedora do Carnaval 2008, a escola de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná precisou de dois ônibus para levar os brincantes que participariam do desfile da campeã. “Nós tínhamos consciência do nosso trabalho, passamos seis meses nos empenhando para preparar um espetáculo de qualidade para o público de Belém e isso aqui é o reconhecimento desse trabalho”, emocionou-se o presidente da agremiação, Jango Vidal. “Agora nós já estamos pensando no Carnaval 2009, porque a tendência é ficar cada vez melhor”, apressa.

AVALIAÇÃO - Heitor Pinheiro classificou como positivos os resultados alcançados pela prefeitura no trabalho de reorganização da festa popular no município. “Nós tivemos três semanas de programação com os portais da folia, exposições e desfiles, uma programação que teve uma resposta positiva que foi a participação e o reconhecimento da população”, ponderou.
“ Em 2005 nós encontramos um cenário completamente desfavorável, com as escolas divididas em dois grupos, um inclusive desfilando em Ananindeua e o outro em Belém. Tivemos um grande trabalho para retomar a harmonia e unificar o carnaval de Belém”, capitulou Heitor, que ressaltou ainda o fato de reduzir o número de escolas de samba no grupo especial, que no concurso de carnaval de 2007 passaram de 14 para oito agremiações.
“ Essa redução tornou a competição mais acirrada entre as agremiações porque agora ficou mais difícil se manter no grupo especial e para isso é preciso mostrar um bom resultado, o que faz melhorar o nível do nosso carnaval”, concluiu. o presidente da Fumbel.

Janaina Reis Lança Selo Paraense



Morando no Rio de Janeiro desde 2005, a paraense Janaína Reis tem se destacado cada vez mais no cenário do samba. Timbó Produções é o nome de seu mais recente projeto, uma gravadora que lançará novos nomes da música paraense para o Brasil.
Neta de orixá, a cantora, desde 1999, assumiu sua paixão pela música, quando formou junto ao amigo Diogo Rezende a banda Esplendor. Tem os dois pés fincados no samba por influência de sua avó, exímia representante da cultura africana.
Seu disco, Choro Novo na Senzala, foi gravado após sua ida ao Rio de Janeiro para desfilar na Viradouro no carnaval de 2004, a convite de Fafá de Belém, amiga de sua mãe, Rita Reis. Lá entrou em contato com Marina Ghiaroni, empresária de Fafá, que a levou à gravadora Indie Records, onde conheceu Torquato Reis, produtor do disco com repertório que inclui composições de Paulo César Pinheiro, Wilson Moreira e Arlindo Cruz, além da regravação Tom Maior, música que Matinho da Vila fez em 1969.
Em outubro Janaína esteve em Belém lançando sua turnê nos teatros Gasômetro e Waldemar Henrique, além de ter aberto o show de Luiz Melodia no lançamento da revista Bacana. Em janeiro, foi convidada para ser a rainha dos artistas no tradicional Baile dos Artistas, e no carnaval foi destaque da escola de samba Piratas da Batucada, da Pedreira, que teve enredo em homenagem a Castanhal, cidade onde a cantora viveu por anos. “O Baile dos Artistas costuma convidar pessoas mais experientes para o cargo de rainha. Fiquei surpresa e muito feliz com o convite este ano, pois esta é uma forma de incentivar e impulsionar novos artistas”, conta Janaína.
Entre os anos de 2006 e 2007, além de cantar, Janaína esteve envolvida em um projeto junto ao Instituto do Patrimônio Historio e Artístico Nacional (IPHAN), que buscou o reconhecimento do samba do Rio de Janeiro como patrimônio cultural e imaterial do Brasil. O projeto, que já foi aprovado, contou com o apoio de nomes como Nilcemar Nogueira (neta de Cartola) e Lígia Santos (filha de Donga, compositor do samba Pelo Telefone, primeiro registro fonográfico do gênero).
Com a inauguração do selo Timbó Produções, a cantora estará entre o Rio de Janeiro, onde permanecerá divulgando seu trabalho em nível nacional, e Belém, onde virá à procura de novos talentos e realizará apresentações em casas de shows e teatros. Segundo a produtora Stela Farias, até o fim do ano Janaína estará divulgando seu trabalho também em São Paulo. “Pretendemos desenvolver um trabalho intensivo realizando viagens e shows em teatros, ao invés de apenas cantar em barzinhos, que é um processo bem mais demorado”, conta Stela, e completa: “com relação à gravadora, a intenção é unir o know how de gravadoras onde já trabalhei durante 25 anos, como BMG e Indie Records, com os novos talentos paraenses”, conclui.

Tropa de Elite em Berlim

CINEMA

Tropa de Elite
Estréia hoje no festival de Berlim. O filme é apontado como o “novo Cidade de Deus”

Capitão Nascimento chega a Berlim

O longa-metragem Tropa de Elite, concorrente brasileiro ao Urso de Ouro no 58º Festival de Berlim, faz hoje sua estréia no evento. A sessão oficial competitiva, na sala de projeção do Berlinale Palast, sede da disputa, ocorre às 16h (13h, no horário de Brasília). Estarão presentes o diretor, José Padilha, e parte da sua equipe - os atores Wagner Moura (Capitão Nascimento) e Maria Ribeiro (Rosane, a mulher do capitão), o fotógrafo Lula Carvalho e o produtor do filme e sócio de Padilha, o cineasta Marcos Prado (Estamira). Os outros dois filmes da competição (entre 21 longas) programados para amanhã são o alemão Kirschblüten - Hanami (o desabrochar das cerejas), de Doris Dörrie, uma tragicomédia sobre a vida amorosa de um homem, e o chinês Man Jeuk (o pardal), de Johnnie To, sobre jovens delinqüentes. O festival anuncia os vencedores e entrega seus prêmios no próximo sábado. No fim de semana passado, Tropa de Elite começou a ganhar atenção da imprensa internacional em Berlim. A revista Hollywood Reporter citou-o como o título “que está sendo promovido como o novo Cidade de Deus”. A Screen publicou no sábado entrevista com Padilha, em que ele afirma: “[No Brasil] Muitas pessoas me pararam na rua para dizer que estavam gratas porque o filme dá à polícia o que ela merece. Obviamente, não foi o que tentei fazer”. Tropa de Elite aborda o consumo e a repressão ao tráfico no Rio sob a ótica de um capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da PM, que pretende deixar a função, mas não sem antes encontrar seu substituto.
FOME - Em busca de co-produtores e/ou distribuidores internacionais, Padilha e Prado trouxeram ao Mercado do Filme de Berlim, realizado paralelamente à competição, “um roteiro debaixo do braço”, que volta a tratar do consumo de drogas no Rio, nos dias atuais e pela perspectiva dos usuários. O filme, cujo título provisório foi Posto 9, terá o nome de Paraísos Artificiais e será dirigido por Prado e produzido por Padilha. A produção de Paraísos Artificiais, no entanto, não deve retardar a carreira de Padilha como diretor. Ele já tem quase pronto o documentário Fome, com o qual imagina “acender outro debate importante no Brasil, sobre os programas sociais”. Autor do multipremiado documentário Ônibus 174, sobre o seqüestrador do coletivo no Rio, Padilha diz que Fome é um filme “ao contrário de todos” os seus anteriores, porque se filia ao cinema direto. “ Não há nenhuma análise sobre o problema da fome no filme. Ele mostra o tema pelo ponto de vista de quem passa fome, pura e simplesmente. Acho que esse ponto de vista é muito forte e foi ignorado”, diz.

POLÍTICA - Os políticos do Brasil serão tema de outro filme do diretor, cujo roteiro está sendo escrito pelo sociólogo Luiz Eduardo Soares, co-autor (com Rodrigo Pimentel e André Batista) de Elite da Tropa, versão literária de Tropa de Elite. Inicialmente anunciado como O Corruptólogo, o longa deverá chamar-se Nunca Antes na História deste País. Mas é provável que o próximo filme de Padilha seja uma produção hollywoodiana. Incluído em recente lista de “dez diretores a observar” da revista Variety, Padilha diz que tem recebido muitas propostas dos Estados Unidos e tem interesse em dirigir em Hollywood. “É a meca do cinema. Deve ser interessante você poder levar para o set uma tonelada de luz e refletores, não sei quantas gruas, e não ter que ficar fazendo conta. É uma espécie de parque de diversões do diretor. Eu gostaria de experimentar fazer um filme lá”, afirma. Já a produção da minissérie que daria continuação à história de Tropa de Elite não teve avanços. De acordo com Padilha, ainda não houve acordo com nenhuma das emissoras de TV interessadas no projeto. “Estamos conversando. Essa é uma coisa que tem que ser feita com calma e direito”, diz. (Folhapress)