domingo, 5 de janeiro de 2014

EM BELÉM - Moradores são reféns do medo e da insegurança



A onda de violência que tomou conta da Grande Belém também é sentida pelos moradores da Marambaia, que vive assustada com a criminalidade que vem crescendo na área. Na praça Tancredo Neves, por exemplo, o horário de lazer no espaço vai até as 22h. Depois deste horário, quem transitar pelo local está sujeito a assaltos. Com medo e sem ter a quem recorrer, os moradores buscam viver trancados dentro de suas próprias casas e também adotar sistemas de segurança. Para alguns moradores, o problema acontece em virtude do tráfico de drogas no bairro.
 
Moradores de longe espiavam a revista. “Em época de eleição, isso aqui fica limpo e candidatos aparecem a todo instante prometendo melhorias. Passou a campanha, está aqui a nossa situação. A praça abandonada e a gente lidando com a falta de segurança”, reclamou uma moradora que se identificou apenas como “Nazaré”.
 
Questionada se a polícia faz ronda pelo local, ela ressaltou que sim, mas mesmo assim há quem seja vítima da violência.

Morador do bairro há 50 anos, seu João Pinheiro não pode mais ficar sentado na calçada de sua casa por causa da sensação de insegurança. Ele mora de frente para a praça, que está em situação de abandono. “Até que a praça é movimentada à noite. A garotada brinca, mas só até umas 22h, no máximo até as 23h. Depois disso, não dá mais para ficar por aqui. É bom não arriscar”, recomendou.
Praticamente todos os estabelecimentos comerciais no bairro da Marambaia possuem grades e cadeados, por medidas de segurança. Os comerciantes não gostam de comentar sobre o assunto. A recepcionista Cláudia Santos, 31, ressaltou que a violência acontece em algumas partes do bairro, não em toda a Marambaia. “Na verdade, o problema acontece onde está concentrado o tráfico de drogas, aí rola alguns assaltos”, disse.
 
A passos ligeiros, a moradora Nayara Sodré cruza a praça Tancredo Neves e segue o caminho até a sua casa. “É perigoso aqui sim, não só a praça”, comentou enquanto caminhava.
 
Durante os poucos minutos em que esteve pelo bairro, a reportagem se deparou com algumas viaturas da Polícia Militar fazendo ronda pelo bairro. Mesmo assim, a população continua a se sentir insegura.
 
COMENTÁRIO ESPECIAL
 
josé oliveira - 04/01/2014 às 15:56:14
 
A alta carga tributária faz com que Belém não seja atraente para indústrias e por isso falta emprego, fonte de renda para a nossa população. Precisamos de um pólo industrial. é a solução para inúmeros problemas sociais. Nosso sistema econômico é capitalista. Cada pessoa precisa de dinheiro para suprir as suas necessidades e emprego é sinônimo de fonte de renda.

Jose Ribeiro  CBV

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