Além da denúncia sobre o aluguel de 450 carros de passeiro para a Polícia Militar, a promotoria militar também mandou instaurar um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar denúncias de abuso de autoridade cometida por policiais militares em Abaetetuba.
Na segunda-feira da semana passada, por volta das 22h, o sargento PM Vilhena, que estaria bêbado, implicou com um adolescente de 17 anos, Adenildo Pereira Gonçalves, que passeava com a mulher, grávida, e uma tia, mandando que ele corresse.
Como não é bandido, o menor continuou andando normalmente. O sargento atirou em Adenildo pelas costas, atingindo vários órgãos vitais. O garoto já foi operado duas vezes em Belém. Informações dão conta que a vítima terá que usar a bolsa de colostomia pelo resto da vida. Nada teria acontecido com o sargento e uma viatura ainda o teria levado para casa. Ou seja, a PM em Abaetetuba, ao invés de defender a população, usa armas para aleijar e matar cidadãos de bem.
Impunidade
A jornalista e blogueira Franssinete Florenzano, que denuncia os casos em seu blog, conta ainda o caso do soldado PM Maués, que atirou no carro do seu irmão no dia 8 passado. Apenas no dia último dia 22, 14 dias depois, é que foi feita a perícia no veículo. Apesar de ter marcado hora, o irmão da jornalista teve que ir quatro vezes buscar o perito, depois levá-lo até uma casa de produtos fotográficos e pagar a impressão das fotos. O PM atirador continua livre, leve e solto e com uma arma na mão.
A jornalista relata ainda que a delegada Andressa, superintendente regional do Baixo Tocantins, teria afirmado que só envia o BO e os demais documentos nos autos do inquérito policial civil à Corregedoria da PM se a corporação pedir oficialmente. Caso contrário, o irmão da jornalista terá que ir até o quartel na Vila dos Cabanos, em Barcarena, para fazer outro registro de ocorrência para fins de abertura de inquérito policial militar. (Diário do Pará)
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