domingo, 17 de fevereiro de 2008
ROTAM: Tropa de Elite, osso duro de roer...
Noite do dia 8 de fevereiro. O relógio marca 22h30 quando equipes da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) começam mais uma varredura pelas ruas de Belém. Alguns policiais já estão de serviço desde as 4 horas, e ainda têm um longo trabalho pela frente até completar o restante do tempo necessário para o plantão de 24 horas. Outros chegaram há poucas horas, e depois de aproximadamente uma hora de conversa (em que é decidido que locais serão percorridos), todos saem para a rua. O trabalho está lá, do lado de fora do prédio onde funciona o comando da PM. A lógica seguida é eue 'policial que se preze deve estar nas ruas, patrulhando e garantindo a segurança da população'. E é issso, dizem os 'rotanzeiros', que eles querem. Querem, afirmam, prender ladrão, apreender armas e drogas e, assim, resgatar a imagem policial e mostrar que a corporação tem força e garra para fazer um bom serviço. A jornalista e o repórter fotográfico do Jornal Amazônia acompanham de perto os 15 policiais da Rotam na noite da sexta-feira e parte da madrugada do dia seguinte. A equipe de jornalistas participou de todo o patrulhamento, que naquele plantão foi comandado pelo comandante da Rotam, capitão Vicente Neto.
Os rotanzeiros são dividos em quatro viaturas. Cada Frontier, com tração nas quatro rodas, tem condições necessárias para trafegar pelas ruas cheias de lama e buraco, ao contrário dos veículos comuns de polícia, que deixam de entrar em muitas vias porque os carros não conseguem passar, tamanha é a dificuldade de acesso. Esta é apenas uma das diferenças do trabalho feito pela Rotam. Ao longo da noite, outras singularidades seriam constatadas, que vão desde comprometimento com o trabalho até fo orgulho da profissão, apesar de todos os problemas e perigos a que estão sempre expostos.
O armamento é pesado, mas a intenção, dizem eles, não é matar. Em um ano de existência da Rotam, apenas uma pessoa foi morta pelos policiais. A vítima foi um bandido, baleado durante troca de tiros com a guarnição policial. Em cada veículo, existem quatro armas portáteis (pistola), uma metralhadora e duas carabinas calibre 12, que são menos letais. Elas são abastecidas com munições que conhecemos como 'bala de borracha', muitas vezes chamadas de 'não letais'. Entretanto, de acordo com o capitão Vicente Neto, este tipo de munição é, na verdade, menos letal. Dependendo da distância do alvo, o tiro pode matar.
O primeiro destino das quatro equipes é o bairro da Sacramenta, nas proximidades do Canal São Joaquim. De acordo com os policiais, a área apresenta um alto índice de criminalidade, especialmente aos finais de semana, quando brigas de gangues são comuns. É naquela área também que muitos bandidos se escondem, depois que praticam assaltos. Quando os rotanzeiros entram nas ruas estreitas que cortam o canal, afirmam: 'aqui é uma zona vermelha. As ruas são de difícil acesso, com muitos becos, lama e buraco'. Como se não bastasse, as ruelas também escondem pontos de venda de drogas, chamados de 'boca-de-fumo', diz o capitão Vicente.
Ninguém se omite, todo mundo vai para a guerra
O capitão Vicente explica que a Rotam foi criada para atender ocorrências de alta complexidade, mas atua em qualquer situação. As ocorrências consideradas de alta complexidade são aquelas como assalto com refém, rebelião de presos, fugas e tentativas de fugas, revistas em celas, etc. 'Não podemos nos omitir. Se alguém pede a nossa ajuda para um caso que não é considerado complexo, estamos prontos para auxiliar. Este é o nosso trabalho', diz o capitão, que tem 34 anos e é policial há 15 anos.
O sargento Eugênio, que também participa da operação, fala sobre a importância da Rotam para a população paraense. 'Pessoas de bem se sentem seguras com a presença da polícia. Nós incomodamos quem não é de bem, está fazendo ou fez algo para infrigir as leis', afirma.
Não é novidade que os salários dos policiais é considerado baixo. Levando em consideração o tipo de trabalho que exercem e os perigos constantes, a maioria destes profissionais acredita que poderia ganhar um pouco mais. No entanto, este fator não impede que os rotanzeiros façam um serviço de qualidade, sempre a favor da população. Dentro das viaturas da Rotam, entre uma conversa e outra, é possível ouvir um policial dizer: 'Quero ladrão, quero prender um ladrão'. Em alguns casos, prender um assaltante ou apreender uma arma, por exemplo, proporciona ao policial um dia a mais de folga.
Para efetuar as prisões, os policiais contam com outras armas, diferente daquelas que têm munição. 'Temos o faro policial. Fazemos treinamento, percebemos ações suspeitas até quando poucas pessoas conseguem notar. É a postura da corporação, fazer abordagem e patrulhamento sempre, sem parar, em todos os plantões', comenta o capitão Vicente.
Homem de preto, qual é a sua missão?
Prisão de assaltantes, apreensão de armas e drogas estão entre os principais objetivos das patrulhas. Apenas em janeiro deste ano, a Rotam apreendeu 26 armas de fogo em suas operações na Região Metropolitana de Belém (RMB). Deste total, duas eram de brinquedo.
Entretanto, as duas pessoas que estavam com as armas de brinquedo foram autuadas em flagrante, pois estavam praticando assalto quando foram detidas, segundo o capitão Vicente Neto. Também no mês passado, 58 pessoas foram presas e encaminhadas para as Seccionais Urbanas dos bairros. Este total compreende as aquelas que foram detidas em flagrante e também outras contra quem foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Em 2007, a partir do mês de fevereiro, quando foi criada a Rotam, um total de 166 pessoas foi presa em flagrante. Os TCOs somaram 142, e 23 adolescentes foram encaminhados para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data). Todas as ocorrências, incluindo apresentações e desistências, somaram 809. Também no ano passado, foram apreendidas 112 armas de fogo e 90 armas brancas (faca, principalmente). Pouco mais de 50 veículos roubados foram recuperados e o as apreensões de drogas chegaram a um total de 82.
Ainda em 2007, seis pessoas foram presas por homicídio pelos homens da Rotam. Pelo crime de tráfico de drogas, foram 21 prisões. O porte ilegal de armas resultou na prisão de 74 pessoas, e 85 foram detidas por roubo.
Se atitude for suspeita, equipe de policiais 'pega geral'
Na rua Stélio Maroja, os policiais param a viatura bruscamente, e todos descem correndo, com armas em punho. Dois rapazes são abordados e revistados. Nada é encontrado, mas um deles tinha apenas 15 anos, e o outro estava sem nenhum documento. As paradas bruscas e inesperadas ocorrem em diversos pontos. Segundo o capitão Vicente Neto, pessoas com atitudes suspeitas são sempre revistadas. 'Não é a pessoa que é suspeita, e sim a atitude dela quando avista a viatura policial', explica.
Na viatura (VTR) 01, onde está o capitão Vicente e mais três policiais (sendo um motorista), dois rotanzeiros ficam nas janelas do banco traseiro. Eles permanecem o tempo inteiro olhando atentamente todas as pessoas que estão nas ruas e bares. E para detectar as atitudes suspeitas, os policiais olham diretamente para quem está na via pública. A impressão é que eles observam cada movimento de cada pessoa. Ao menor sinal de desconfiança, todos descem e fazem revistas. 'Ficamos atentos ao modo como nos olham. Muitos não encaram', afirma um policial.
A próxima parada é no canal da Pirajá, que também é considerado perigoso. Muitas revistas e conversa com populares. Para os rotanzeiros, as informações dadas pela população são sempre valiosas. É certo que a maioria das pessoas tem medo de falar sobre a bandidagem do local, com medo de represálias. E é exatamente isso que os policiais tentam mudar, já que a colaboração dos moradores é importante para a capura de bandidos.
Missão dada é missão cumprida
O cabo Silvano tem 36 anos e está na corporação policial há 14 anos. Os colegas de profissão afirmam que ele é um recordista de prisões. Quando questionado, ele afirma: 'Não sei quantas pessoas já prendi ao longo da minha carreira policial. Mas foram muitos assaltantes e criminosos.
Nós gostamos deste trabalho, é o que sabemos fazer, por isso procuramos fazer bem feito. Nossa intenção é dar segurança para a população e resgatar a credibilidade da polícia. A Rotam veio para fazer este resgate. Temos amor à carreira'.
De acordo com Silvano, os policiais estão sempre em busca de resultados. 'Queremos tirar de circulação os bandidos. Hoje, quase prendi dois, mas eles conseguiram fugir. Apesar disso, temos acertado muito, e isso é gratificante. Por isso que nós sempre contrariamos os bandidos. Aqui na Ligação, eles dizem que a rua é deles. Mas a Ligação e qualquer outra rua é da Rotam. Nós estamos sempre aqui, e vamos capturá-los mais cedo ou mais tarde', declara.
Este mês, a Rotam completa um ano de existência, com muitos resultados positivos. Além do capitão Vicente, o trabalho dos rotanzeiros é coordenado diariamente por outros capitães, são eles: capitão Anilson, capitão Mariúba e captão Magno. A equipe da Rotam é formada por 170 homens e uma mulher. A frota conta com um total de oito viaturas, sempre espalhadas pela Região Metropolitana de Belém e às vezes juntas em operações especiais de varredura e diligências.
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13 comentários:
cia de belem não so daqui mas de todo brasil tem k aprende com a rotam uma policia agio e de impacto essa e os policias da rotam
a ROTAM eu adimiro
quando eu crescer se DEUS quiser
eu vo ser da ROTAM
+ eu quero fazer meu proprio grupo
de ronda em belém...
a rotam do tocantins manda um abraço para os raiados do para,nos tambem somos novos aqui no estado menos de 09 meses de atuação,mais,aqui tambem os ladrões estão se fudendo.espero ter a oportunidade de visitar os colegas ai do para.Raaaiiiioooo!!!!!!
acabei de ser aprovado no concurso da PM, mas quero ir p/ a ROTAM se deus quiser...
muitos querem poucos conseguem,este é o lema.tem que ter sangue no olho,garra,determinação.gabiru na rotam esplode.
e rotam eh uma ramificaçao da policia militar tao despreparada quanta as outras, ainda faltam melhorar mtas coisas melhorar, inicialmente na educaçao dos policias q com certeza n devem ter nem segunda grau, sao varios proficionais despreparados q ter q melhorar mto!
eu adimiro muito o trabalho da tropa todos voces guerreiros e rotam na rua e vagabundo na cadeia parabens mojor nil
meu sonho um dia era ser um militar mais eu acho que deus nao permitio mas eu nao desisti do meu sonho valeu rotam
rotam a melhor policia do para . so ela pra quebrar vagabundo. no rio é bope ,no pará é rotam!!!!!!!!!!!
ROTAM é a união de gente boa, filho de familia boa, que não tem preguiça e não reclama da vida,pra quem não quer nada tudo e desculpa, mas o rotanzeiro quer e tudo o que quer ele consegue. Ladrão bom, já sabe... traficante bom,já sabe... rico sei que não ficaremos mais o nosso orgulho ninguém tira.
"... PERSEVERANTE, DESTEMIDO E AUDAZ... CB SAICLE
ROTAM é a união de gente boa, filho de familia boa, que não tem preguiça e não reclama da vida,pra quem não quer nada tudo e desculpa, mas o rotanzeiro quer e tudo o que quer ele consegue. Ladrão bom, já sabe... traficante bom,já sabe... rico sei que não ficaremos mais o nosso orgulho ninguém tira.
"... PERSEVERANTE, DESTEMIDO E AUDAZ... CB SAICLE
E você se informar melhor!
O comentário que quero fazer é o seguinte, aqui no bairro da guanabara rua liberdade, 206 e 282 esta acontecendo algo suspeito.segundo vizinha, tres são suspeitos fazendo ponto de vendas de drogas,pois as pessoa há um mes foi registrado um boletim de ocorrencia por esse sujeito ter agradedido a mulher, e derrubou a parede que ele mora,Para acabar com isso somente a Rotam,porque o Delegado Edermauro é um delegado de respeito. nao quero me identificar,mas a onda deles é todos os dias a partir das 1 á tres da madrugada, se voce puderem da uma batida nessa residencia, voces vão encontrar vestigio. Acredito que a Rotam vai agir. Obrigado!
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