Ao sair do local onde o corpo da mãe estava sendo velado por amigos e parentes, Darlan entrou no seu carro importado acompanhado de Antônio Rocha Cordovil da Silva, 32, e Roberto Teixeira Batista, 27, indo em direção a outro local, mas foi seguido pelos policiais em carros descaracterizados, quando, ao chegarem na rodovia Augusto Montenegro, próximo a uma fábrica de refrigerantes, o acusado percebeu que estava sendo seguido e passou a disparar contra os veículos da polícia.
Darlan estava armado com duas pistolas Ponto 40 e um revólver calibre 32, mas acabou ferido por três tiros, sendo um deles no abdômen, deixando-o em estado grave. Socorrido pelos próprios policiais até o Hospital Metropolitano, ele morreu na sala de cirurgia.
“Darlan é audacioso. Ele vem pra cima da gente mesmo. Sem medo”, conta um investigador que participou da operação. Darlan é acusado por vários crimes, incluindo participação no assalto à agência do Bradesco, em Belém. Na Justiça, respondia por crimes de latrocínio, roubo qualificado, tráfico de drogas, porte ilegal de armas e uso restrito. A polícia acredita que os bens adquiridos pelo acusado possam ter sido fruto do tráfico de pedra de óxido que ele fazia na capital do Estado. Ainda no carro do acusado, um bilhete de passagem aérea foi encontrado, no qual estavam descritos alguns destinos feito pelo acusado ainda este mês: Foz do Iguaçu, no Paraná, e Rio de Janeiro.
RESGATE
No momento em que Darlan estava no bloco cirúrgico do Hospital Metropolitano, funcionários do hospital chamaram a polícia após perceberam que o prédio estava sendo cercado por homens que apresentavam atitudes suspeitas.
Segundo um segurança, uma kombi branca se aproximou do portal P-3, que dá acesso à passagem São Paulo, com vários homens dentro e que um deles chegou a perguntar várias vezes onde estava internado Darlan e qual seria o estado de saúde dele. O funcionário do hospital só ficou mais nervoso e pediu apoio, após ouvir de um dos suspeitos que “pretendiam resgatar o Darlan de dentro do hospital antes que fosse levado para a prisão” e em seguida foram embora.
Assustado, o segurança chamou a polícia e logo o prédio do Hospital Metropolitano, em Ananindeua, foi cercado por homens da ROTAM e GPM. Após buscas em toda a área que circunda o hospital, ninguém foi encontrado. A família de Darlan ainda não havia apresentado nenhum documento e nem procurado saber informações sobre o estado do acusado, que morreu por volta das 17h na sala de cirurgia.
Crimes
Darlan era acusado por vários crimes, incluindo participação no assalto a agência do Bradesco, em Belém. Na justiça, respondia por crimes de latrocínio, roubo qualificado, tráfico de drogas, porte ilegal de armas e uso restrito. A polícia acredita que os bens adquiridos pelo acusado possam ter sido fruto do tráfico de pedra de óxido que ele fazia na capital do Estado.
Darlan já vinha sendo monitorado pela polícia
Darlan e seus comparsas já vinham sendo monitorados pelo GPM (Grupo de Policia Metropolitana) há algum tempo. Ontem, os policiais receberam a informação de que o grupo deslocava-se para Belém pela madrugada com o objetivo de participar do funeral da mãe de Darlan, que morreu anteontem.
De acordo com o delegado Éder Mauro, Darlan e os dois indivíduos presos estavam com suas respectivas prisões preventivas decretadas, em função de serem acusados de terem cometido vários latrocínios. Ainda segundo a autoridade policial, Darlan tem envolvimento em assaltos a banco e tráfico de drogas. Ele seria sobrinho de um traficante de prenome Elizeu, do bairro do Guamá, em Belém, e também teria ligação com os traficantes de prenomes “Juca” e “Josafá”, que são do mesmo bairro.
A picape na qual Darlan e os comparsas estavam tinha placa do município de Paragominas. Com eles foi apreendida uma pistola ponto 40, da Polícia Militar. Nos documentos encontrados com eles constavam os seguintes nomes: Roberto Teixeira Batista e Antônio Rocha Cordovil. (Diário do Pará)